Era uma vez uma menina de 16 anos, que resolveu criar um blog para desabafar... E que agora, aos 21, continua a escrever. De teen a adulta; de Portugal à Holanda - A saga!

15
Set 07
Tenho para mim, e até porque me parece um assunto mais difícil cada vez que penso nisto, que o ser humano é um ser naturalmente infeliz.
Infeliz talvez não seja bem o termo correcto. Insatisfeito.
Somos, por definição, um bicho insatisfeito.
Até quando tudo corre bem, é impressionante a velocidade extrema com que arranjamos um problema. Que, na maioria das vezes, nem é problema. É apenas um daqueles bichinhos. Um daqueles limões que, por mais que se esprema, nunca dão sumo.
Arranjamo-los apenas para não sermos felizes.
Fazêmo-lo, na maioria das vezes, de forma inconsciente e tão assustadoramente normal (e exponencial), que acaba por se tornar num estigma difícil de ultrapassar.
Mas, no fundo, existe uma explicação lógica e, de certa forma, simples para explicar este curioso hábito do ser humano.
A verdade é que não nos damos ao luxo de ser felizes pelo simples facto de termos medo de nos tornarmos infelizes ao perder algo que contribui para a nossa felicidade.

Somos felizes infelizes. Ou será infelizes felizes?

O que eu pergunto é, porque não havemos, então, de aproveitar o momento? Quando é que nos tornamos racionais ao ponto de temer o futuro mais do que aproveitar o presente?
Quando é que nos tornamos, durante aquele período complicado que é a adolescência, tão racionais a ponto de, irracionalmente, deixarmos escapar a felicidade por entre os dedos (de forma irracional)?

A felicidade é, definitivamente, como o mercúrio. Se a agarrarmos com a mão aberta, pode ser que fique por lá. Se, com racional estupidez irracionalizada, tentarmos fechar a mão a fim de não o deixarmos fugir... Ele simplesmente escorre. E, curiosamente, quanto mais se aperta, mais depressa ele foge...

*Carpe Diem*!
publicado por Nana às 23:32

10
Set 07
Estive para aqui agora, após uma conversa com uma menina muito especial, a tentar quantificar as saudades que sinto. Sim, porque deve haver uma forma de as quantificar. Numa escala, saudades medidas em suspiro/segundo...

Visto que não cheguei a um número concreto a não ser o infinito, e uma vez que esse é um algarismo abstracto, tentei achar algumas comparações.

No entanto, todas as comparações de que me lembrei são, no mínimo, curriqueiras e muito pouco originais. Temos o número de gotas de água no oceano, o número de estrelas no céu, o número de grãos de areia a multiplicar pelos outros dois... Não. Também não me parece bem.

Assim sendo, e visto que as saudades são bem mais complicadas de quantificar do que eu previa, digo apenas algo que poderá, ou não, descrever o que sinto:

As saudades... são mais que muitas.
publicado por Nana às 20:53

Nestes dias de convivência com pessoas de países e culturas diferentes, tenho aprendido várias coisas. Algumas delas aprendi devido aos meus próprios erros (ups!...) e outras por me seres ditas pelos mesmos. Ora aqui ficam umas quantas, não vão vocês cometer os mesmos erros que eu:

1. A língua oficial da Polónia é o polaco, não o russo.
2. Os alemães não gostam de falar sobre a Segunda Guerra Mundial, chegando mesmo a ficar irritados se alguém falar da culpabilidade da Alemanha no assunto.
3. A religião principal em Israel é o judeísmo, e não o Islamismo.
4. As pessoas do Nepal não gostam de falar de coisas do foro pessoal com ninguém a não ser a família mais chegada.
5. Os coreanos comem cão. Mesmo a sério.
6. A maioria dos rapazes argentinos não tem o cabelo comprido.
7. Os ingleses do sul de Inglaterra chamam ao do norte “North dirty bastards”.
8. Para os alemães, a língua holandesa não passa de uma mistura de alemão, inglês e algumas palavras fantasiadas.
9. Os noruegueses lêm o “K” como se fosse “ch”.
10. Não convém dizer a palavra “folha” a uma pessoa espanhola.
11. Os judeus comemoram a passagem de ano amanhã (11 de Setembro).
12. Os holandeses vão escrever sempre o meu nome mal. Desde Suzanna, Ferra ou mesmo Tettra.
13. Nas Filipinas, come-se arroz ao pequeno-almoço. E ao almoço. E ao jantar.

E pronto. Estas são algumas das coisas que tenho aprendido. Quanto a aprender a dar os bons-dias a cada um, na sua língua... Complicado... Muito Complicado!
publicado por Nana às 17:03

04
Set 07
Olá a todos!

Pois é, passa depressa o tempo, não passa?

Já estou na Holanda há tres semanas (perdoem-me, mas os teclados por cá não tem acentos circunflexos, nem tão pouco o "ce de cedilha"), e estou a gostar imenso.

No meu grupo, do primeiro ano, há nacionalidades para todos os gostos. De cada continente, de cada país, de cada cidade. Ouvem-se línguas diferentes todos os dias, e chegamos a um ponto em que já não sabemos, de facto, que língua estamos a ouvir. Vinte e oito nacionalidades em apenas um grupo; só experimentando é que se sabe o que isto significa.

Significa que todos os dias nos deparamos com carar novas: sabemos de onde vem, mas não nos lembramos do nome. Ou lembramo-nos do nome, mas não exactamente de onde vem. Ou nem uma coisa nem outra. Pessoas diferentes de sítios diferentes, também acaba por significar feititos diferentes. Há que aprender que se pode dizer esta piada em frente a esta pessoa, mas não em frente à outra.

O meu objectivo, neste momento, é aprender a dar os bons dias em cada língua. E sim, é mais complicado do que o que parece.

Quando poder, volto para dar novidades. Beijocas.
publicado por Nana às 09:39

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