Por vezes, acontecem coisas. É assim que lhes chamamos, coisas. E, se lhes damos essa conotação, é porque, de facto, não nos surge outra.
Neste caso, refiro-me às coisas que nos surpreendem. E, o engraçado, é que todos temos dessas coisas. Pequenos factos, pequenos acontecimentos, pequenas situações que, simplesmente, decidem aparecer.
Aparecem e, quando damos por elas, já cá estão. Na maioria das vezes, para ficar. Não as vemos chegar, é um facto, e temos sempre a tendência para perguntar ao nosso eu como é que não nos apercebemos. Porque agora, ao olhar para trás, achamos que até era bastante óbvio. Ou porque, ainda agora, estamos tão atordoados que ainda não percebemos como é que tudo aconteceu.
E essas coisas podem mudar tantas outras. Em nós, nas outras pessoas, em todo o ambiente que nos rodeia que, por sua vez, afirma que nunca mais será o mesmo e (mas?) que, ao mesmo tempo, nos promete que tudo ficará bem.
Essas mudanças, por sua vez, abismam-nos com o seu tamanho. O que não vemos é que, na maioria das vezes, o que vemos são as suas sombras que, projectada pelo sol, são enormes. E pensamos que tudo vai mudar, que nada vai ser o mesmo. E perguntamo-nos até porque é que todo o resto do mundo aparenta ser o mesmo, quando o nosso próprio mundo está a saltar da ponta do mundo.
E gritamos. Gritamos em silêncio e perguntamos porque é que ninguém nos ouve. Porque é que ninguém nos estende uma mão quando vemos todos de mão estendida. Porque é que aquelas mãos não nos chegam, não são suficientes para afastar as sombras que sentimos.
Por vezes perguntamo-nos, porquê agora? Porque não amanhã? Ou daqui a duas semanas? Ou nunca?
O que, na maioria da vezes, não nos apercebemos, é que, através de tudo o que é mau e sombras, ganhamos mais do que o que ganharíamos se toda a nossa vida fosse passada à luz da felicidade.
(Próximo desafio para mim própria: tentar decifrar o que as minhas mãos escreveram neste texto.)
Neste caso, refiro-me às coisas que nos surpreendem. E, o engraçado, é que todos temos dessas coisas. Pequenos factos, pequenos acontecimentos, pequenas situações que, simplesmente, decidem aparecer.
Aparecem e, quando damos por elas, já cá estão. Na maioria das vezes, para ficar. Não as vemos chegar, é um facto, e temos sempre a tendência para perguntar ao nosso eu como é que não nos apercebemos. Porque agora, ao olhar para trás, achamos que até era bastante óbvio. Ou porque, ainda agora, estamos tão atordoados que ainda não percebemos como é que tudo aconteceu.
E essas coisas podem mudar tantas outras. Em nós, nas outras pessoas, em todo o ambiente que nos rodeia que, por sua vez, afirma que nunca mais será o mesmo e (mas?) que, ao mesmo tempo, nos promete que tudo ficará bem.
Essas mudanças, por sua vez, abismam-nos com o seu tamanho. O que não vemos é que, na maioria das vezes, o que vemos são as suas sombras que, projectada pelo sol, são enormes. E pensamos que tudo vai mudar, que nada vai ser o mesmo. E perguntamo-nos até porque é que todo o resto do mundo aparenta ser o mesmo, quando o nosso próprio mundo está a saltar da ponta do mundo.
E gritamos. Gritamos em silêncio e perguntamos porque é que ninguém nos ouve. Porque é que ninguém nos estende uma mão quando vemos todos de mão estendida. Porque é que aquelas mãos não nos chegam, não são suficientes para afastar as sombras que sentimos.
Por vezes perguntamo-nos, porquê agora? Porque não amanhã? Ou daqui a duas semanas? Ou nunca?
O que, na maioria da vezes, não nos apercebemos, é que, através de tudo o que é mau e sombras, ganhamos mais do que o que ganharíamos se toda a nossa vida fosse passada à luz da felicidade.
(Próximo desafio para mim própria: tentar decifrar o que as minhas mãos escreveram neste texto.)