Era uma vez uma menina de 16 anos, que resolveu criar um blog para desabafar... E que agora, aos 21, continua a escrever. De teen a adulta; de Portugal à Holanda - A saga!

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Out 07
Por vezes, acontecem coisas. É assim que lhes chamamos, “coisas”. E, se lhes damos essa conotação, é porque, de facto, não nos surge outra.

Neste caso, refiro-me às coisas que nos surpreendem. E, o engraçado, é que todos temos dessas “coisas”. Pequenos factos, pequenos acontecimentos, pequenas situações que, simplesmente, decidem aparecer.

Aparecem e, quando damos por elas, já cá estão. Na maioria das vezes, para ficar. Não as vemos chegar, é um facto, e temos sempre a tendência para perguntar ao nosso “eu” como é que não nos apercebemos. Porque agora, ao olhar para trás, achamos que até era bastante óbvio. Ou porque, ainda agora, estamos tão atordoados que ainda não percebemos como é que tudo aconteceu.

E essas “coisas” podem mudar tantas outras. Em nós, nas outras pessoas, em todo o ambiente que nos rodeia que, por sua vez, afirma que nunca mais será o mesmo e (mas?) que, ao mesmo tempo, nos promete que tudo ficará bem.

Essas mudanças, por sua vez, abismam-nos com o seu tamanho. O que não vemos é que, na maioria das vezes, o que vemos são as suas sombras que, projectada pelo sol, são enormes. E pensamos que tudo vai mudar, que nada vai ser o mesmo. E perguntamo-nos até porque é que todo o resto do mundo aparenta ser o mesmo, quando o nosso próprio mundo está a saltar da ponta do mundo.

E gritamos. Gritamos em silêncio e perguntamos porque é que ninguém nos ouve. Porque é que ninguém nos estende uma mão quando vemos todos de mão estendida. Porque é que aquelas mãos não nos chegam, não são suficientes para afastar as sombras que sentimos.

Por vezes perguntamo-nos, porquê agora? Porque não amanhã? Ou daqui a duas semanas? Ou nunca?

O que, na maioria da vezes, não nos apercebemos, é que, através de tudo o que é mau e sombras, ganhamos mais do que o que ganharíamos se toda a nossa vida fosse passada à luz da felicidade.

(Próximo desafio para mim própria: tentar decifrar o que as minhas mãos escreveram neste texto.)
publicado por Nana às 16:25

20
Out 07
O sol está lá fora e, apesar do frio, recomenda-se. Da janela, consigo ver miúdos a andar de bicicleta (tenho que aprender a andar também), pessoas a passear, provavelmente a dirigir-se a Amsterdam, onde vão, eventualmente, dar uma espreitadela à Dam Square, fazer umas comprinhas na Kalverstraat e, por fim, beber uma cerveja na Leidseplein.

Por cá, eu, olho pela janela e imagino-me a fazer o mesmo. A verdade é que já o fiz, pouco tempo depois de cá ter chegado mas, por esta altura, parece-me muito mais apetecível.

Tirar fotos às estátuas humanas, ao palácio, às inevitáveis Coffeeshops, que cada vez me chocam menos. Dar uma olhadela aos canais, e tentar descobrir porque é que me fascinam tanto, apesar de saber que aquela água deve ser do mais porco que por aí anda (desculpem a franqueza, mas a cor da água não engana).

No entanto, tenho que ficar em casa. Segunda-feira marca o ínicio da minha maratona de exames, que durará duas semanas. Nem mais, nem menos.

Aqui vou estudando os músculos, os ossos, as articulações… Aqui vou tentando perceber porque é que o indivíduo A tem dores no joelho, e porque é que a senhora B não consegue jogar futebol (o facto de ela ter perto de 75 anos pode ser a solução. Digo eu).

Enquanto estudo, vou olhando para o sol, que me bate na cara através da janela e pergunto-me se, porventura, esta será a última vez que o vejo durante os próximos meses.

The gastrocnemius muscle is a powerful superficial muscle that is in the back part of the lower leg (the calf). It runs from its 2 heads just above the knee to the heel, and is involved in standing and walking. Along with the soleus muscle it forms the calf muscle.

Parece interessante, não?
publicado por Nana às 11:10

17
Out 07
Aqui há umas duas semanas recebi uma carta do IND (serviço de estrangeiros na Holanda), na qual me informam que tenho que pagar cerca de 400€, para ter um visto de residência.
Aparentemente, os queridos holandeses não consideram Portugal como parte da Europa.

Well, they can kiss my @ss.
publicado por Nana às 18:53

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