Era uma vez uma menina de 16 anos, que resolveu criar um blog para desabafar... E que agora, aos 21, continua a escrever. De teen a adulta; de Portugal à Holanda - A saga!

20
Jul 08

É impressionante e, de certa forma assustador, apercebermo-nos de como um pequeno gesto, um pequeno acto, um pequeno nada, pode alterar uma vida, e modificá-la de modo irreversível.

E de todos os esses pequenos nadas é feita a vida.

É interessante pensar no quão diferente seria a vida, ou a mais básica noção da mesma, se uma desses pequenos nadas pudesse ser alterado.

Uma coisa pequenina, alterada no meu passado, e tudo seria diferente. Não falo de algo em particular, de algo concreto. Falo de qualquer coisa, da mais pequena e insignificante. Tudo poderia ser diferente. Para pior, para melhor, mas diferente.

Se eu gostava que tudo fosse diferente? Depende. Mas em princípio não. Porque, apesar das coisas más que existem, existem também muitas coisas pelas quais vale a pena passar por tudo o que se passou, de novo, uma e outra vez.

Agora, também há que ter a consciência e a coragem, de não deixar voltar o que de mau passou. A isso, recuso-me as vezes que forem precisas. E mais umas quantas, para ter a certeza de que não sou mal compreendida.

 

Há uma sombra atrás de mim. Vai lá estar sempre, a vigiar os meus sucessos e infortúnios e, quanto a isso, não há muito que eu possa fazer. O que eu não permito, e digo-o agora com toda a convicção do mundo, é que se torne, para mim, mais do que uma sombra. Outra vez. Para sempre. Por isso, minha cara sombra, tenta o que quiseres. Envia cartas, telefona, ou aparece sentada à minha porta. Espreita pela minha janela o quanto queiras, envia-me e-mails, aproveitando esta era mais tecnológica. Mas nunca, e ouve o que te digo, nunca, farás parte da minha vida de novo. Estás banida, como sombra que és, da minha vida, da minha mente, de todo o meu mais pequeno gesto. E no dia em que, finalmente, deixares de fazer parte deste mundo, o que vou sentir é nada. E isso, minha cara sombra, é o que de pior se pode ter de alguém. Para mim, é o nada mais insignificante de todos. És NADA.

 

Edit: Gostava só de esclarecer que este post não foi escrito para qualquer ex-namorado ou coisa do género. Foi escrito para alguém que fez parte da minha vida durante 6 anos e que agora, felizmente, já não faz.

 

publicado por Nana às 12:06
música: The story - Brandi Carlile
sinto-me: determinada

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