Era uma vez uma menina de 16 anos, que resolveu criar um blog para desabafar... E que agora, aos 21, continua a escrever. De teen a adulta; de Portugal à Holanda - A saga!

25
Out 08

Sou da opinião de que há muito pouca coisa mais bonita do que confiar em alguém. Aquela confiança sincera, que não pede nada em troca. Aquela confiança que nos leva a abrir o coração sem nos perguntarmos se estamos a ser julgados, criticados, rebaixados a um nível inferior apenas porque nos faz falta falar sobre algo.


Eu própria, confiando como confio, já abri o meu coração diversas vezes; falei de coisas que me incomodam, de coisas que me fazem feliz, de coisas que me deixam triste, de coisas que me assustam, de coisas que nem sequer me interessam, só pelo prazer de poder partilhar uma opinião, de quando em vez.
 

Eu própria, confiando como confio, já senti diversas vezes o alívio que é dar voz a certos pensamentos, a certas incertezas. Por vezes porque me são dados bons conselhos. Outras vezes, apenas pelo facto de me compreender melhor ao ouvir-me exteriorizar determinados sentimentos. Há até momentos em que nos apercebemos do quão diferentes do que pensávamos são alguns factos, bastando apenas ouvi-los em voz alta, em vez do martelar constante dentro da cabeça, que acaba sempre por deturpar qualquer coisinha.
 

Agora, apesar de tudo isto, não há nada pior do que alguém confiar em nós e, sem qualquer intenção, acabar por dizer algo que não queremos ouvir. E nem é um “não quero ouvir” do género “não podia estar menos interessada”, é um “não quero ouvir” do género “por favor, não continues, porque vais magoar-me se me disseres o que me vais dizer”.
 

publicado por Nana às 02:49
sinto-me: comme si, comme ça
música: Lies - Once OST

14
Out 08

Hoje estou num daqueles dias. Daqueles, sabem? Exacto, não preciso explicar mais nada.

Mas vou explicar, porque me apetece.
Ora, vendo as coisas de forma concreta e, até mesmo, holística, o dia até nem correu mal. Acordar cedinho, faculdade, aulas interessantes (até certo ponto), “meet and greet” com pessoal do 1º ano (foi giro, lembrar-me de como, também eu, estava assustada no ano passado, por esta altura, com os primeiros exames a chegar)... No fundo, um dia até bem passado.
Acontece, no entanto, que ou estou a ficar maluquinha (convém levar esta opção muito a sério, nunca se sabe o que é que se esconde atrás da porta), ou ando com as hormonas de tal modo aos saltos (não fosse impossível, e desconfiaria de que estou grávida), que o meu mundo desabou quando cheguei a casa. Por todos os motivos e, ao mesmo tempo, por nenhum em especial.
Só sei que abri as torneiras de tal forma que, para as fechar, foram precisos 7 canalizadores e um telefonema à Câmara Municipal, a ver se mandavam fechar as águas.
Pode ser que talvez estivesse a precisar deixar sair tudo cá para fora, não sei. Pode ser que sejam saudades de casa. Ou do stress da faculdade, que já começa a surgir. Pode ser que seja apenas a falta de algum abraço especial, ou a falta de ver a compreensão nos olhos de alguém que está longe. Pode ser muita, muita coisa. Ou nada, sei lá!

Agora, se não se importam, vou ali chorar mais um bocadinho, que a coisa ainda não ficou por aqui. Dizem que chorar limpa a alma; a minha, amanhã, vai estar “shinning”! Valha-nos isso, pode ser que esteja brilhante o suficiente para disfarçar a p*rra das olheiras.
 

publicado por Nana às 21:10
sinto-me: wayyyy too sensitive!
música: Portuguese Love Theme - Craig Armstrong

07
Out 08

Como vocês sabem, estou a morar fora de Portugal há um ano e pouco. É certo, vou a Portugal no Verão e no Natal mas, para quem sempre lá viveu, acabam sempre por haver coisas (e pessoas!) das quais sentimos falta. Algumas delas são óbvias, e sentiria a falta delas qualquer um que das mesmas fosse privado. Outras, um pouco menos óbvias, são coisas que, por terem feito parte da minha vida durante anos, acabam também por deixar o seu buraquinho.


A minha família. Os meus amigos. Por esta altura, o cheiro a castanhas assadas na rua. Os pastéis de nata. Os almoços no quintal, sardinha e febras à descrição. A Serra da Arrábida. Os gritos da vizinha do lado (“Ó João, levas a braguilha fechada?!” “Levo!”). A máquina de espuma que, no Natal, está na baixa para os miúdos acharem que está a nevar. As farturas da feira de Santiago. A água da praia da Figueirinha, que é do mais gelado que por aí anda. A Tróia, que era a nossa praia e agora é a praia dos “senhores ricos”. Os filetes de linguado com batata frita do "Frango vaidoso" (passo a publicidade). A praça do Bocage (tirando os pombos, por quem eu ultimamente tenho vindo a desenvolver uma antipatia muito especial). As árvores da Avenida 22 de Outubro (É a 22 de Outubro, não é? Aquela que tem as árvores com as flores liáses?). A Daika, o Ruca e o gatinho branco. 

É claro, por cá também já vou criando hábitos que, com o passar do tempo, acabam por fazer parte do meu dia-a-dia. Desses, sinto falta quando estou em Portugal.
 

As Ollie ballen. Os zwarte pieten. A rua, onde o frio entra por todos os buraquinhos da roupa, e a faculdade, onde precisamos de buraquinhos na roupa para conseguir respirar. As bicicletas (tirando os sininhos. Sonzinho irritante!). Os canais. O pôr do sol perto dos canais. Os parques lindíssimos. Pessoas que, neste último ano, se tornaram família. Temporária, mas família.

Há sempre qualquer coisa que faz falta, não importa onde estejamos... Mas suponho que esta seja apenas mais uma das lições que a vida tem para me dar. Que venha a próxima e, já agora, que doa um bocadinho menos, que o meu coração não é de ferro.
 

publicado por Nana às 16:50
música: Everything - Michael Bublé
sinto-me: Devia estar a estudar!

03
Out 08

Aqui há uns meses atrás, fui a um concerto de uma escola de música, aqui em Amsterdão. Era um concerto só com músicas dos Beatles. Algumas já conhecia, outras não. Mas houve uma que me tocou, bem lá no fundo.

Eu já conhecia a música "Help!", mas nunca me tinha chamado a atenção. Acontece que as miúdas cantaram-na numa versão que eu desconhcia... E que adorei! Deixo-vos aqui o vídeo dessa versão, aqui interpretada pela Tina Turner. Ignorem as legendas espanholas, fechem os olhos e apreciem...

 

 

 

publicado por Nana às 22:42
sinto-me: Cansada
música: Help - Tina Turner

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