Olá meus queridos leitores imaginários (sim, que eu bem sei que fora a minha mãe, esta casa está ao abandono).
Ora, como já lá diz o ditado, um mal nunca vem só. Não vem não senhor, e cá estou eu para provar esta teoria (sim, que as coisas agora só funcionam comigo quando a prática é baseada na evidencia. Hm. Pois). Mais uma vez aviso, não é que eu não saiba escrever evidencia decentemente, é só que estes teclados não tem acento circumflexo - deal with it.
Vejamos o meu dia de ontem.
Fui 'convidada' por um prof de quem eu gosto muito e que, por sua parte, também gosta muito de mim (sarcasmo puro, duro e intencional) a aparecer no escritório dele, para falarmos sobre o meu próximo estágio.
Até aí tudo bem - pensei eu. Isto de ser ingénua tem que se lhe diga, upa upa.
A primeira coisa que o animal- perdão, o professor - me disse foi que não vou comçar o meu estágio em Março. 'Não vou? Então porque?' - perguntei eu. Resposta: 'Ah pois, o Bob ainda não te disse, mas disse-me a mim que tu chumbaste a tese, e assim sendo não podes começar a estagiar ao mesmo tempo que os outros'.
WAAAAIT a second.
Eu chumbei?? Estão a ver a minha cara de WTF a olhar para ele, não estão? Pois.
Ao que parece (depois da reunião fui falar com o Bob que, para quem não sabe, é o coordenador da minha tese), o que entregámos até agora não é bom o suficiente.
'Mas a data limite é dia 5, muitas alterações podem ser feitas até dia 5!', argumentei eu, esquecendo-me que com estes ordiná- perdão, outra vez, professores - não existem argumentos para além dos deles.
Resposta: 'Pois Susana, a data de entrega é dia 5, mas EU vou de férias dia 30 e só volto dia 8. Por isso não vou poder ler a versão final antes de lhe dar a nota e, para já, a nota é negativa.'.
WTF?!?!?!
JURO que isto foi exactamente o que ele me disse. Assim, na minha cara. Como se fizesse todo o sentido do mundo. Como se me estivesse a explicar que 1+1=2.
Pior ainda, é que este filh- ai, caraças, professor! - é também o manager do programa, portanto não há ninguém a quem eu possa fazer queixa dele. Espectáculo.
Mas se pensam que a coisa ficou por aí, desenganem-se!! Ainda não vos contei como terminou a reunião com o primeiro prof.
Ora, depois de me ter dado (com um sorriso de satisfação que não vos passa pela cabeça) a tal notícia, a reunião continuou.
'Em relação aos seus estágios, Susana... Os dois primeiros que fez, foi em Portugal e na mesma clínica, não foi?'
'Sim; coordenadores de estágio diferentes, mas mesma clínica.'
'E agora quer fazer o terceiro e último estágio em Portugal outra vez? Porque?'
(Porque em Portugal não tenho que aguentar o teu mau hálito??)
'Sim, bom, é uma clínica diferente, que tem boa fama em todo o país.'
'Sim, mas não é estranho? Que queira ir para Portugal outra vez?'
(Olha-me este ordinário, queres ver que se ele vivesse o ano inteiro longe da família também não queria ir passar o Verão a casa??)
'Não, não acho que seja estranho... É uma boa clínica e eu no futuro quero trabalhar em Portugal, por isso penso que faça todo o sentido ir para lá outra vez'
'Ah, pois... É que sabes, nós temos certas dúvidas em relação aos teus estágios'
(Ah sim? Eu tenho dúvidas em relação à tua orientação sexual e não te chateio com isso)
'Dúvidas? Que tipo de dúvidas?'
'É que não temos a certeza se fizeste as horas necessárias... ou se fizeste o estágio de todo!'
(Agarrem-me, que eu vou-me a ele! Faço como a outra e arranco-lhe um tomate à dentada!)
'Pois, não percebo o porque desse tipo de dúvidas. Tenho ambos os meus relatórios de estágio avaliados e assinados pelos meus coordenadores de estágio e pelo meu mentor na escola. Nesses relatórios está também a descrição das horas que trabalhei'
'Sim sim, mas podias ter inventado. Para falar a verdade, nem sei se essa clínica Santa Casa da Misericórdia de Setúbal existe mesmo!'.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Nesta altura comecei a ver tudo vermelho e não me lembro bem do resto da conversa.
Portanto, como podem ver, ontem foi um daqueles dias. E depois de amanhã vou defender a tese. A qual, aparentemente, já chumbei.
E depois admiram-se que eu ande na rua a dizer palavrões. Que fo**** car**** filhos da p***.