Era uma vez uma menina de 16 anos, que resolveu criar um blog para desabafar... E que agora, aos 21, continua a escrever. De teen a adulta; de Portugal à Holanda - A saga!

30
Nov 05

Hoje resolvi contar um sonho que tive aqui há uns 2 ou 3 meses atrás. Resolvi contá-lo, não porque significou muito para mim, afinal, ainda não consegui entender o que significa, mas porque ainda me lembro dele com muito pormenor...

Antes de mais devo dizer que foi um sonho grande e, como ainda cheguei a contá-lo algumas vezes, ainda me lembro de vários pormenores.

Então aqui vai:

 

Ao que parece, eu pertencia a uma raça bastante marginalizada pelo resto da população. Eu (e os meus) tínhamos que andar sempre com uma espécie de plaquinha de metal, pendurada ao pescoço, com a nossa identificação.

Ao sairmos à rua tínhamos que usar roupas velhas e, caso nos apanhassem, punham-nos numas casas, cujo efeito faz lembrar as câmaras de gás utilizadas pelos nazis, durante a 2ª guerra mundial. A diferença é que, nestas casas, o ácido com que nos matavam era tão forte que o nosso corpo desaparecia, sendo que a única coisa que restava de cada pessoa era a plaquinha que trazíamos ao pescoço.

Cada plaquinha tinha, para além da nossa identificação, uma espécie de escala, que ia desde o amarelo ao vermelho. Essa escala só se apresentava depois de morrermos: se ficasse amarela, significava que a nossa morte não tinha sido sofrida, ou seja, que tinha sido uma morte pacífica. No entanto, se ficasse vermelha, significava que tínhamos sofrido muito ao morrer. No fundo, era uma escala do sofrimento da pessoa à hora da morte.

Bom, eu estava em casa com uma miúda que conheço, que tem uns 13 anos, e perguntei-lhe se ela não ia para a escola, ao que ela me respondeu que não, porque tinha medo. Então eu ofereci-me para a levar lá. Vestimos as tais roupas velhas e saímos.

A meio do caminho demos de caras com um grupo de rapazes/homens (que, ao que parece, também eram da tal raça procurada), que nos assaltou. Então um deu a ideia de me violarem. Não sei porquê, mas era só a mim, e não à miúda (eu sei que esta frase demonstra um pouco de egoísmo da minha parte, para fazerem mal às duas mais valia que fizessem mal só a uma, não é??)!! Então lá o "chefe" deles (ou deverei dizer o "boss"??) disse que quem ia fazer tal coisa era ele, e puxou-me para uma esquina, onde os outros não nos podiam ver e sentou-se no chão, muito calmo.

Eu estava cheia de medo, e fiquei a olhar para ele, feita parva, à espera que ele fizesse algo (nem me deu para fugir, nem nada!! Duh!). Uns minutos depois de termos ficado ali os dois a olhar um para o outro, ele tirou uma faca do bolso, levantou a manga da camisola que tinha vestida e cortou-se. Fez um golpe enorme e salpicou as minhas calças. "Isto é uma coisa que vai ficar só entre nós", disse ele, e levou-me para perto do resto do grupo. Eles pensaram que ele realmente o tinha feito e riram, falaram... E deixaram-nos ir embora.

Eu não contei nada à miúda, mas fiquei com um carinho enorme por ele, uma admiração por uma atitude tão nobre da parte dele! Quando chegámos a casa, a miúda, muito assustada, contou ao meu irmão (que, no sonho, era alguém que eu não conheço, mas era de raça negra, tal como o outro rapaz) que o outro me tinha feito mal.

Então o meu irmão, em vez de se esconder, porque andavam tropas na rua a procurar pessoas da nossa "raça", saiu, todo estressado, à procura do tal rapaz, pensando que ele me tinha feito mal. Eu tentei persuadi-lo a ficar em casa, porque, no fundo, fiquei a gostar muito do outro rapaz, mas nada feito. Eu e a miúda ficámos em casa, escondidas.

Um tempo depois, deixámos de ouvir as tropas. Saímos e dirigimo-nos à tal casa (a que parecia as câmaras de gás), porque soubemos que o tal rapaz tinha sido levado para lá e, ao que parece, o meu irmão tinha ido para lá procurá-lo. Ao chegar lá, a casa estava vazia. Tudo o que havia eram milhares de plaquinhas no chão. Lembro-me de começar a procurar, desesperadamente, duas plaquinhas.

E encontrei. A do meu irmão e a do rapaz. Estavam juntas. E, ao olhar para a escala, ambas estavam no vermelho: ambos tinham tido uma morte longa e dolorosa.

Comecei a chorar. Muito. Até que acordei. Acordei cheia de lágrimas e com um sentimento de perda como nunca tinha sentido antes...

Estranho...

publicado por Nana às 19:54

comentários:
Esse sonho é certamento digno de se tornar numa história...k axas?...Bem era bom que o nosso amigo Freud ainda foxe vivo axim iamos lá ter com ele pra ele explicar o significado e kes...lolol..xD...Gostei mm bués dos teu sonho porque faz-me lembrar os meus sonhos....não sei pk mas tenhu sempre sonhos altamente imaginativos...com historias mirabolantes....lol....se calhar esse sonho....kem sabe foi a expressao daquilo k poxas estar a sentir....quem sabe medo de sair a rua...medo de enfrentar os proprios medos...ou simplesmente de estares farta de tanta descriminção que ainda existe hj em dia.....Quanto akele menino...se calhar é um sinal...a dixer....ah e tal...confia mais nos gajos e kes....no alentejano e tal...lolololol....xD...kidding!!!!....Houve tb uma vez que acordei com um sentimento de perda tão grande como nunca senti antes...foi horrivel...:S
Bem amigah....jokinhas*******....fika bien...^_^
_Rikku_ a 30 de Novembro de 2005 às 22:19

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