Estive duas semaninhas
Chegar a casa para almoçar e sentir o cheirinho familiar de comida portuguesa. Feita pela minha mãe, pai, tio, já nem isso interessa. Sei que foi feita por alguém especial para mim, e isso basta para a tornar a melhor comida do mundo.
Sair com os amigos, ouvir aquelas piadas que há muito não ouvia, ver aqueles sorrisos que há muito não via, sentir os abraços que há muito não sentia.
Ter alguém para me mimar quando me dói alguma coisa e para me levar o Nesquick à cama quando estou mal-disposta.
Ter a minha mãe para corrigir, mesmo quando ela está certa, só pelo gozo que me dá. Ter o meu pai para me corrigir, mesmo quando eu estou certa, só pelo gozo que lhe dá.
Estar com as pessoas que escolhi para fazer parte da minha “família”, e ser capaz de comunicar com elas com apenas um olhar.
Sair e saber que estou perto da
Tudo isto soube-me bem. Tão bem que me surpreendeu.
Agora, o que também me surpreendeu, foram as saudades. Dos que por cá ficaram. Conheço-os há quê, quatro meses? Cinco? E, ainda assim, foi incrível a falta que alguns deles me fizeram. Não tanto que me fizesse querer voltar, mas o suficiente para me fazer pensar no que estariam a fazer. Ou a pensar. Ou
Agora que já estou de volta à Holanda, as saudades são muitas dos que deixei por terras lusas. Mas quando estou por lá, tenho saudades dos de cá. Mas em que raio de coisa é que me fui meter, que, esteja onde estiver, vou sempre sentir a falta de alguém?