Hoje estou num daqueles dias. Daqueles, sabem? Exacto, não preciso explicar mais nada.
Mas vou explicar, porque me apetece.
Ora, vendo as coisas de forma concreta e, até mesmo, holística, o dia até nem correu mal. Acordar cedinho, faculdade, aulas interessantes (até certo ponto), “meet and greet” com pessoal do 1º ano (foi giro, lembrar-me de como, também eu, estava assustada no ano passado, por esta altura, com os primeiros exames a chegar)... No fundo, um dia até bem passado.
Acontece, no entanto, que ou estou a ficar maluquinha (convém levar esta opção muito a sério, nunca se sabe o que é que se esconde atrás da porta), ou ando com as hormonas de tal modo aos saltos (não fosse impossível, e desconfiaria de que estou grávida), que o meu mundo desabou quando cheguei a casa. Por todos os motivos e, ao mesmo tempo, por nenhum em especial.
Só sei que abri as torneiras de tal forma que, para as fechar, foram precisos 7 canalizadores e um telefonema à Câmara Municipal, a ver se mandavam fechar as águas.
Pode ser que talvez estivesse a precisar deixar sair tudo cá para fora, não sei. Pode ser que sejam saudades de casa. Ou do stress da faculdade, que já começa a surgir. Pode ser que seja apenas a falta de algum abraço especial, ou a falta de ver a compreensão nos olhos de alguém que está longe. Pode ser muita, muita coisa. Ou nada, sei lá!
Agora, se não se importam, vou ali chorar mais um bocadinho, que a coisa ainda não ficou por aqui. Dizem que chorar limpa a alma; a minha, amanhã, vai estar “shinning”! Valha-nos isso, pode ser que esteja brilhante o suficiente para disfarçar a p*rra das olheiras.