É viver na dúvida.
É acordar e não poder deixar de pensar se durante o dia vamos passar mal. É, por vezes, ter medo de sair de casa.
É ter medo de ir ao baile de finalistas. É ter medo de ter um ataque de pânico quando vamos receber a faixa. Ou durante o jantar. Ou na cabeleireira.
É passar horas maldisposta, com vontade de vomitar e ainda assim sorrir, para que os outros não se apercebam.
É entrar nos testes a tremer e sair a meio, porque não aguentamos a pressão. É entrar na casa de banho e ter medo de sair.
É ter uma sensação de angústia quando conhecemos alguém, porque de certeza que essa pessoa vai reparar que estamos a ter um ataque de ansiedade.
É ter medo de comer, não vá o nosso estômago reagir mal ao ataque de pânico.
É deixar de sair com amigos.
É ter medo de andar sozinha na rua.
É saber que não há cura para o que temos: ou somos fortes e tentamos superá-lo, ou entramos em depressão e desta não saímos tão cedo.
É chorar que nem uma criança a quem se tirou um brinquedo, porque a perspectiva de sofrer disto para sempre não é, de forma alguma, agradável.
É perguntarem-nos se ultimamente temos tido ataques e, com todos os dentes que temos na boca, mentir, sorrindo e dizendo um seguro Não! Já nem me lembro que tenho isso....
É, resumidamente, medo. Medo de sofrer, medo que as outras pessoas se apercebam que sofremos.
Segundo a minha psicóloga (deixei de lá ir no início deste ano porque achei, muito sinceramente, que não era muito competente), o meu transtorno de ansiedade deve-se ao facto de ter vivido com o meu ex-padrasto, que me fazia a vida negra. O meu sistema nervoso andava sempre alterado e agora, que tudo acabou, o meu sistema nervoso está em recuperação... Como aquelas pessoas que vão para a guerra e voltam com problemas psicológicos... Não sei se é verdade isto que ela disse. Se o é, tenho que agradecer ao meu ex-padrasto por ter estragado a minha vida. Se era esse o objectivo, chegou lá mais profundamente do que alguma vez imaginou. Os meus parabéns.
http://valleser.rumo.com.br/pan.htm
É acordar e não poder deixar de pensar se durante o dia vamos passar mal. É, por vezes, ter medo de sair de casa.
É ter medo de ir ao baile de finalistas. É ter medo de ter um ataque de pânico quando vamos receber a faixa. Ou durante o jantar. Ou na cabeleireira.
É passar horas maldisposta, com vontade de vomitar e ainda assim sorrir, para que os outros não se apercebam.
É entrar nos testes a tremer e sair a meio, porque não aguentamos a pressão. É entrar na casa de banho e ter medo de sair.
É ter uma sensação de angústia quando conhecemos alguém, porque de certeza que essa pessoa vai reparar que estamos a ter um ataque de ansiedade.
É ter medo de comer, não vá o nosso estômago reagir mal ao ataque de pânico.
É deixar de sair com amigos.
É ter medo de andar sozinha na rua.
É saber que não há cura para o que temos: ou somos fortes e tentamos superá-lo, ou entramos em depressão e desta não saímos tão cedo.
É chorar que nem uma criança a quem se tirou um brinquedo, porque a perspectiva de sofrer disto para sempre não é, de forma alguma, agradável.
É perguntarem-nos se ultimamente temos tido ataques e, com todos os dentes que temos na boca, mentir, sorrindo e dizendo um seguro Não! Já nem me lembro que tenho isso....
É, resumidamente, medo. Medo de sofrer, medo que as outras pessoas se apercebam que sofremos.
Segundo a minha psicóloga (deixei de lá ir no início deste ano porque achei, muito sinceramente, que não era muito competente), o meu transtorno de ansiedade deve-se ao facto de ter vivido com o meu ex-padrasto, que me fazia a vida negra. O meu sistema nervoso andava sempre alterado e agora, que tudo acabou, o meu sistema nervoso está em recuperação... Como aquelas pessoas que vão para a guerra e voltam com problemas psicológicos... Não sei se é verdade isto que ela disse. Se o é, tenho que agradecer ao meu ex-padrasto por ter estragado a minha vida. Se era esse o objectivo, chegou lá mais profundamente do que alguma vez imaginou. Os meus parabéns.
http://valleser.rumo.com.br/pan.htm